Torreão Poente - Museu de Lisboa
É um espaço dedicado a exposições temporárias de média duração, de temáticas diversas relacionadas com a história e o presente de Lisboa - Museu de Lisboa
A sua Localização... na Praça do Comércio, é bastante movimentada e cheia de história. A qualquer hora podemos encontrar veraneantes sejam eles turistas ou não e é até palco dos inúmeros eventos que acontecem na cidade.
Podemos chegar lá de metro, autocarro, elétrico, carro ou a pé. É um dos meus locais preferidos para ver o pôr do sol. É local de estadia, é local de passagem, é local de visita obrigatória!
A sua História... teve início no século XVI, quando D. Manuel I (Dinastia de Avis) decidiu mandar construir um Palácio Real na parte este da Ribeira de Lisboa. O Paço da Ribeira foi desenhado pelo arquiteto Diogo de Arruda ao estilo manuelino e incluia uma torre a sul, com uma varanda no segundo piso de onde era feita a vigia das entradas e saídas dos navios.
Durante o seu reinado, D. Filipe I de Portugal (II de Espanha, Dinastia Filipina) quis fazer alterações no Palácio e assim, por mão do arquiteto Filippo Terzi, o Paço da Ribeira aumentou o número de pisos e o volume. A fachada passou a ser ao estilo maneirista e a sua torre a sul, apesar de mantida, passou a ser conhecida como o Torreão de Terzi face às alterações do arquiteto e a ser o elemento de destaque do Terreiro do Paço.
D. João V também investiu no Paço, sobretudo na capela, no entanto o grande terramoto de 1755, que destruiu toda a Lisboa, deixou o todo o Terreiro do Paço em ruínas.
A partir daí dá-se a reconstrução de toda a cidade pela equipa de Manuel da Maia, Eugénio dos Santos e, mais tarde, por Carlos Mardel.
No Terreiro a memória das pré-existências é mantida através da criação de dois torreões inspirados no de Terzi. O primeiro, a ocidente, foi terminado por volta de 1772 e o segundo apenas 70 anos depois devido às inconsistências do terreno.
Acerca da apropriação do Torreão Poente pelo Museu de Lisboa não encontrei muita informação mas creio que terá sido por volta de 2009 aquando da reformulação programática e de imagem do Museu.
A sua Arquitetura... apresenta uma fachada sóbria ao estilo maneirista, racional e uniforme. A sua relação é de destaque em relação aos restantes módulos da praça, não só por os ultrapassar em altura como também por serem revestidos por um diferente material. Os Torreões são em calcário, sendo que no primeiro piso tem um efeito de emparelhado e nos dois superiores de liso. Os remates são com cunhais de cantaria e pilastra dupla.
Os três pisos são separados por frisos contínuos e a platibanda é composta por módulos lisos intercalados por balaustres, rematada com acrotérios nos vértices. As janelas tem os seus frontões intercalados entre retos e curvos ao estilo clássico e o portão, que é de lintel reto, marca o centro dos alçados sul e nascente (no caso do torreão poente) e está ladeado por colunas e encimado por uma pequena varanda.
No segundo e terceiro piso todos os vãos são intervalados com uma pilastra e as guardas destes são de ferro fundido e madeira, excepto o da pequena varanda.
No seu interior podemos observar o teto constituído por abóbadas de aresta.
A minha Opinião... é recente. Na verdade não faz muito tempo que conheço este núcleo do Museu de Lisboa. Acima de tudo acho que é um espaço com exposições de grande interesse mas que por ficar num sítio tão movimentado acaba por não receber a atenção merecida.
Se
ainda não o conhecem não esperem mais! É que para além das suas exposições o
próprio espaço é digno de observação e admiração.
Os seus Horários... vão das 10h às 18h (todos os dias), no entanto só é possível entrar até às 17h30. Tal com a maioria dos museus, encerra às segundas-feiras mas podemos visitá-lo em quase todos os feriados. Nos dias 1 de Janeiro, 1 de Maio e 25 de Dezembro temos de escolher outro sítio para visitar.
As entradas custam geralmente 3€ mas também há exposições de entrada gratuita. Da última vez que lá fui apenas uma das exposições era paga. De qualquer maneira crianças (até aos 12 anos) e estudantes não pagam. Anotem também que:
- Domingos até às 13h;
- Dia Internacional dos Museus (18 de Maio);
- Dia de Santo António (13 de Junho);
as entradas são gratuitas para todos!
Para além destas existem ainda mais oportunidades de entrada gratuita ou com 50% de desconto (ficando o bilhete a 1,50€) por isso toca a procurar a oportunidade que melhor vos assenta, na área das informações no site do Museu de Lisboa, e...
Vamos lá?





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